Samara Felippo denuncia racismo contra a filha e alunas são suspensas por tempo indeterminado

A atriz fez um boletim de ocorrência na última semana

Samara Felippo denunciou, através de um boletim de ocorrência, registrado na última sexta-feira (26), um caso de racismo contra a filha mais velha, Alicia de 14 anos, em uma escola nobre de São Paulo. A artista informa que a herdeira foi vítima de duas alunas, que destruíram seu caderno e o rasurou com frases racistas.

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Para o site G1, a artista revelou neste domingo (28): “Pedi expulsão das alunas acusadas pois não vejo outra alternativa para um crime previsto em lei e que a escola insiste relativizar. Fora segurança e saúde mental da minha filha e de outros alunos negros e atípicos se elas continuarem frequentando escola. Não é um caso isolado, que isso fique claro”. 

“Eu sinceramente quero que as pessoas envolvidas – as agressoras, né, que são meninas de 15 anos, idade da minha filha – se reabilitem mesmo. Quero o bem delas, eu não quero mal de ninguém. Eu só quero que não convivam no mesmo espaço, onde poderão futuramente humilhar novamente e ofender e cometer outros atos de racismo contra ela [filha]”, afirmou Samara.

Escola suspendeu as duas alunas 

Em comunicado, a escola Vera Cruz informou a suspensão imediata, e por tempo indeterminado, das duas alunas: “Na quinta-feira, dia 25 de abril, as alunas agressoras foram convocadas pela Escola para devolução das folhas arrancadas do caderno, bem como para serem informadas oficial e presencialmente das sanções que seriam aplicadas a elas. As sanções envolvem a proibição da participação delas na viagem de Estudo do Meio na Serra da Canastra e uma suspensão por tempo indeterminado, iniciada na própria quinta-feira”. 

“A suspensão se encerrará quando entendermos que concluímos nossas reflexões sobre sanções e reparações, que ainda seguimos fazendo – fato também comunicado a todas as famílias diretamente envolvidas. Ressaltamos que outras medidas punitivas poderão ser tomadas, se assim julgarmos necessárias após nosso intenso debate educacional, considerando também o combate inequívoco ao racismo“, informou o superior Daniel Helene.

Por fim, o coordenador deixou claro: “As ações punitivas são determinadas conforme regras e procedimentos institucionais, que levam em consideração os sentidos das punições no ambiente escolar. As sanções foram definidas pela equipe de Orientação, Coordenação e Direção, considerando a gravidade das ofensas. É importante sublinhar que as alunas não reincidiram em agressões racistas; a Escola nunca havia tomado conhecimento de qualquer atitude racista de ambas as alunas. Ações de reparação ainda serão definidas”.

 

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