Klara Castanho recorda exposição de abuso: “Pesadelo”
Atriz lamentou todos os desdobramentos que o abuso e a exposição do caso trouxeram.
Em entrevista à Glamour, Klara Castanho recorda todo o terror que viveu após ter o abuso sexual que sofreu exposto por Léo Dias, Matheus Baldi e Antonia Fontenelle. A atriz conta que não pretendia tornar o caso público e lamenta tudo o que sofreu com os desdobramentos da notícia.
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Klara Castanho recorda exposição de abuso
Além do trauma do abuso, a artista precisou lidar com a exposição da situação e até com ataques que recebeu por ter dado o bebê que teve para a adoção. “Eu simplesmente não queria viver aquilo. Nunca quis me pronunciar – jamais para esconder das pessoas e sim porque não tinha digerido o que aconteceu. Fui obrigada a externalizar de forma muito brutal o que eu vivi. Achei que poderia levar para o caixão toda aquela dor e, quando fui exposta, me senti extremamente vulnerável. Eu já tinha sido… Eu odeio a palavra, não vou usar, tá? Então, vou reformular: levei pelo menos um ano para digerir não só o momento fatídico e a consequência física dele, mas a exposição“, desabafa.
Klara Castanho não foi a única vítima da exposição: sua família também ficou muito mal com tudo o que ocorreu. “Quando minha privacidade foi invadida, não sabia onde me apoiar em mim mesma. Eu tinha minha família, tinha uma equipe profissional, um time jurídico, mas estava desamparada em mim. Eu não dormia, meus pais não dormiam. A gente chorava junto dois dias e dormia um, porque não tivemos tempo de assimilar. Nunca vamos nos acostumar com a ideia do que aconteceu“, conta.
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Klara Castanho fez a denúncia na Justiça
Ademais, na entrevista, a artista conta que recorreu à Justiça e fez uma denúncia contra seu agressor. “Queria contar que fiz o boletim de ocorrência contra o meu agressor, porque até hoje sou muito julgada pelas pessoas que acham que não denunciei. Não o fiz imediatamente, mas denunciei. Confio muito na Justiça. Tenho provas diárias do que é a justiça dos homens e o que é a justiça divina, a qual me apego muito, porque sei que, se não fosse pela minha família e pela minha fé, não estaria mais aqui“, afirma.
“Segui com todos os procedimentos que cabiam e eram justos. Sinto que, passados quase dois anos da minha carta, as pessoas ainda buscam argumentos contra mim, sobre o que aconteceu comigo. Então, se isso é motivo para que as pessoas ainda me julguem, saibam que o agressor foi denunciado. Toda mulher que é vítima de violência tem o direito ao segredo de justiça. O meu sigilo foi quebrado contra a minha vontade. Eu não tive nem o direito de não ser revitimizada, e diariamente não tenho“, lamenta, por fim.
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