Victor Meyniel: polícia conclui caso e indicia agressor e porteiro
Yuri de Moura Alexandre teve habeas corpus negado e continuará preso.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro deu novas atualizações sobre o caso de Victor Meyniel e indiciou o estudante de medicina Yuri de Moura Alexandre, de 29 anos, por lesão corporal, injúria por atos homofóbicos e falsidade ideológica após agredir covardemente o humorista.
Ademais, o porteiro Gilmar José Agostini foi apontado por omissão de socorro. O caso já foi encaminhado ao Juizado Especial Criminal – ele assistiu ao espancamento do ator sem intervir e ainda demorou dois minutos para levantar e ir em direção a Meyniel. No entanto, ao invés de ajudar, ele apenas puxa Victor para o lado, a fim de ‘liberar a passagem’.
Victor Meyniel: polícia conclui caso e indicia agressor e porteiro
A Justiça negou o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Yuri, apontando que o agressor estava sofrendo ‘constrangimento ilegal’ por ter sido preso em flagrante. A desembargadora Denise Vaccari Machado Paes não concordou com os argumentos citados e, portanto, Yuri permanecerá preso.
Em coletiva de imprensa realizada nesta última sexta-feira, o delegado João Valentim Neto, da 12ª DP (Copacabana), falou mais sobre o caso: “Pelos depoimentos prestados, ficou claro que as agressões se iniciam no corredor, ainda no interior do apartamento. Mesmo que tenha havido um ato de inconveniência, nenhum tipo de ato justifica uma agressão brutal daquela. Yuri se identificou para os policiais militares como médico da Aeronáutica e como casal, ou seja, como se fosse hétero. Ao passo que, agora sendo chancelado de homofóbico, ele se identifica como (sua sexualidade) aberta. Um negro pode ser racista e um gay homofóbico“.
Victor Meyniel prestou novo depoimento
Nesta última sexta-feira (8), Meyniel voltou à delegacia a fim de prestar um novo depoimento. O ator rebateu a alegação da colega de apartamento de Yuri, Karina de Assis Carvalho, que afirma ter sido ‘importunada e ameaçada’ pelo famoso. “Victor contesta o depoimento dela. Não foram apresentadas provas de nenhuma importunação. E uma importunação não quer dizer necessariamente que corresponda a um crime. Victor dá uma outra versão, mas que não é conflitante com o que disse anteriormente. As lesões foram causadas pela repulsa dele (Yuri) ser chanelado de gay“, concluiu o delegado.
A agressão aconteceu no dia 2 de setembro, após Victor e Yuri se conhecerem em uma boate em Copacabana. O ator foi ao apartamento do estudante, tiveram um desentendimento, quando as agressões aconteceram. Ao fundo, Gilmar é visto acompanhando toda a cena e, no fim do espancamento, ainda abre o portão para o agressor ir à academia. Na volta, Yuri foi preso em flagrante e não fez questão alguma de negar o ataque.