Preta Gil sobre mudança de vida após descoberta de câncer: “Preciso curar meu corpo”

Cantora reflete sobre pressão estética e elogios inadequados por estar mais magra.

Em entrevista ao portal Alô Alô Bahia, Preta Gil reflete sobre mudança de vida após descoberta de um câncer no intestino. Além do tratamento contra a doença, a cantora passou por uma separação conturbada de Rodrigo Godoy após descobrir traição.

Preta Gil sobre mudança de vida após descoberta do câncer: “Preciso curar meu corpo”

No bate-papo, a artista avalia a separação como um ‘livramento’. “Eu acredito que as coisas não acontecem por acaso na vida. Ouço muito isso das pessoas: ‘Deus não dá nada que a gente não possa aguentar e para quem não possa aguentar’. Eu acho que tudo isso aconteceu por um motivo muito importante, que é de transformação. É uma limpeza mesmo na sua vida. Uma cura em vários âmbitos. Eu não tenho nem dúvidas de que é livramento. Acho que tudo isso junto foi necessário para que eu me curasse de tudo que está me fazendo mal”, reflete.

Ademais, Preta voltou a falar sobre os comentários a respeito de sua aparência. Novamente, a cantora dispensa elogios por estar mais magra e enfatiza que seu corpo está diferente porque não conseguiu se alimentar direito durante o processo de quimioterapia. “As pessoas acham que dizer que a pessoa está magra é um elogio. E esquecem que eu emagreci porque eu estou doente, e não porque eu quis, porque eu fiz uma dieta. Não foi por isso. É um traço muito complexo, que está muito introjetado na nossa sociedade, de gordofobia. É mais uma dessas opressões que são estruturais, é muito difícil. Temos que ir falando sobre isso sempre que a gente pode, porque se vai desconstruindo e vai alertando as pessoas para que elas não repitam isso. Isso é comum, mais comum do que a gente imagina. E não está distante, está perto da gente”, reforça.

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Pressão estética

Preta, então, conta que sofre com a pressão estética desde o início de sua carreira, mas, desde muito nova, percebeu que não fazia bem mudar quem ela era para se encaixar em um padrão. “Desde o momento em que comecei a minha carreira, há 21 anos atrás, eu entendi que essa tentativa de tentar me enquadrar nos padrões me adoecia e fazia com que eu criasse uma série de outras questões e doenças em mim que não existiam por eu ser gorda”, aponta.

Com essa percepção, ela passou por um processo de entendimento sobre o seu corpo. “É natural. Não tem outra forma. A gente é o que a gente é. A gente não pode ficar tentando se esconder, ou ter vergonha de si próprio, ou querer ser outra pessoa”, analisa.

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