Pai de Alok relata terror que viveu em Israel
Juarez Petrillo estava prestes a se apresentar em um festival de música eletrônica na Faixa de Gaza.
Em entrevista ao ‘Fantástico’, da Globo, Juarez Petrillo, pai de Alok, relata o terror que passou ao vivenciar o início da guerra em Israel. O músico se preparava para subir no palco de um festival de música eletrônica que acontecia na Faixa de Gaza, quando o local foi bombardeado pelo grupo Hamas. Centenas de pessoas foram sequestradas e 260 assassinadas na festividade.
Pai de Alok relata terror na guerra de Israel
O ataque do grupo extremista ao festival Universo Paralello aconteceu no dia 7 de outubro. “Eu estava para entrar em 10 minutos. Já estava amanhecendo, estava a coisa mais linda. Quando eu olhei a pista, eu falei: ‘Gente, é a pista mais incrível’. De repente, veio uma bomba. Nessa hora, a coisa mudou. As mulheres começaram a entrar em pânico e começaram a chorar. Foi geral. A gente escutou barulho de metralhadora“, recorda Petrillo.
Alok, que também participou da entrevista, contou o outro lado, relatando a angústia que sentiu enquanto buscava por informações sobre o pai. “Eu vi por causa dos vídeos na internet, eu não conseguia falar com ele. Depois consegui falar com um amigo dele e só depois com o meu pai. A ficha foi caindo no dia seguinte, quando a gente viu que havia mais de 250 corpos perto da área do festival. Fomos começar a entender a gravidade do ataque terrorista. Meu pai estava preso em um bunker, eu queria tirá-lo de qualquer jeito de lá“, afirma o DJ.
Família
Enquanto aguardava mais informações sobre a saída do país – o músico ficou abrigado em um bunker após a fuga – Juarez diz que buscava forças ao pensar na família, enquanto temia pelo pior. “Me deu um caminho, um norte, foi quando eu lembrei dos meus netos, sabe? Não tem nada de DJ mais, não sou produtor, não sou artista, não. Sou vovô“, diz, visivelmente abalado.
Antes do retorno de Juarez ao Brasil, Alok explicou que o pai não era organizador do festival na Faixa de Gaza, como havia sido noticiado antes. “Infelizmente, em meio a tudo isso, está circulando uma fake news de que o meu pai era o responsável e produtor do festival, o que não é verdade, como vocês podem ver na mídia internacional. Não associem meu pai a isso“, pediu, na ocasião.
Dentre os 260 mortos, haviam três brasileiros: a carioca Karla Stelzer, de 42 anos, que morava em Israel havia quase 16; Bruna Valeanu, também do Rio de Janeiro, que morava em Israel havia oito anos; e, por fim, o gaúcho Ranani Glazer.