Letícia Sabatella relata afastamento de amigas antes do diagnóstico tardio de Transtorno do Espectro Autista
Atriz diz que ainda está aprendendo sobre o assunto.
Recentemente, Letícia Sabatella comentou sobre o diagnóstico tardio que ela recebeu de Transtorno do Espectro Autista e, agora, em participação no ‘Fantástico’ deste domingo (17), ela relata afastamento de amigas quando mais nova. A atriz conta que seu jeito “diferente” acabava fazendo com que algumas pessoas decidissem não seguir com a proximidade.
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Letícia Sabatella relata afastamento de amigas antes do diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista
A artista descobriu a condição – de tipo 1, que é considerada mais leve -, aos 52 anos. “O diagnóstico traz alívio pra quem passa a vida se achando diferente e incompreendida. Estou aprendendo sobre esse assunto. Sei sobre mim, intuitivamente. Esse é o valor de um bom diagnóstico. A pessoa que não se conhece é mais suscetível a ser oprimida“, analisou. Mesmo sem ter o diagnóstico, Letícia diz que se protegia desde pequena, nas aulas diárias de balé, nas idas a concertos e cinemas, na leitura e o teatro desde o 14 anos ajudaram bastante a lidar com as dificuldades que surgiram, ocasionalmente. A atriz tem, por exemplo, uma hipersensibilidade com barulhos. “Tem horas que eu chego a passar mal, parece uma agressão“, lamenta.
A artista reforça o alívio de receber um diagnóstico e acaba recordando algumas situações do passado, como a época da escola. “Quando eu tinha nove anos, as meninas da minha escola pararam de falar comigo, por causa do meu jeito, e eu não sabia por que”, conta, por fim.
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Alívio com o diagnóstico
Nesta última semana, Sabatella comentou sobre seu diagnóstico e afirmou estar entendendo muitos comportamentos que sempre teve – e a reação das pessoas ao jeito da atriz. “Quantas vezes eu perdia a amizade ou as pessoas ficavam magoadas comigo porque eu não conseguia sair de casa. Eu não conseguia ir ao cinema, porque é uma experiência sensorial muito forte, como se eu tivesse tendo um sonho premonitório que iria definir a minha vida, de tão sensível“, desabafou.
No entanto, mesmo com o diagnóstico tardio e com todos os acontecimentos do passado, Sabatella afirma que é ‘libertador’ ter um diagnóstico. “Há um tempo atrás eu estava fazendo algumas perguntas, pedindo uma luz. Porque eu sempre me senti, desde criança, que às vezes eu despertava acordada para uma consciência que me pegava de uma hora para a outra“, analisa.
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