Filha de Leila Diniz processa Regina Duarte e PL por uso indevido de imagem

A produtora Janaina Diniz Guerra, filha de Leila Diniz, entrou com um processo contra a ex-atriz Regina Duarte e o PL (Partido Liberal) por uso indevido de imagem e “violação à honra” de sua mãe. Isso porque uma foto de Leila ao lado de Eva Todor, Tônia Carrero, Eva Wilma, Odete Lara e Norma Bengell em protesto contra a censura e a ditadura militar, de 1968, foi utilizada em outro contexto.

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No primeiro contexto, por Regina, a fotografia foi usada em um vídeo, em dezembro do ano passado, para falar bem sobre a devastadora ditadura. No registro, falava-se como as mulheres foram à rua para pedir o “reestabelecimento da ordem”, usando a foto delas para ilustrar, erroneamente, a situação.

Em fevereiro deste ano, a mesma imagem foi usada pelo PL, em uma arte que comemora a conquista do voto feminino no Brasil. Na imagem, Michelle Bolsonaro aparece em primeiro plano, com esta foto ao fundo. Sobre isso, em comunicado para o site Splash Now, a produtora lamentou: “A memória de minha mãe é de total ruptura com todo o conservadorismo defendido pelo PL e por Michelle Bolsonaro que, em sua época, foi imposto pela ditadura militar, regime ao qual ela se opôs”.

“O uso político, não autorizado, da imagem de minha mãe respaldando a pré-campanha de Michelle Bolsonaro é uma ofensa a tudo que minha mãe representou e representa”, continuou ela, falando diretamente sobre Regina: “Quanto à Regina Duarte, respeito suas posições políticas, embora discorde por completo, mas é inadmissível que ela inverta por completo a realidade utilizando a imagem de suas colegas como se tivessem ido às ruas pedir intervenção militar, quando o protesto era justamente contra a censura imposta pela ditadura. É uma mentira publicada em suas redes como forma de incitação aos tenebrosos atos de 8 de janeiro”. 

Janaina pede R$52.800 em indenização em cada uma das ações.

Regina Duarte foi punida pelo Instagram por excesso de fake news

Regina Duarte sofreu uma punição do Instagram após compartilhar excesso de fake news em suas redes sociais. Desde março deste ano, quem tenta seguir a ex-atriz recebe o seguinte aviso: “Esta conta publicou repetidamente informações falsas que foram analisadas por verificadores de fatos independentes ou que eram contra nossas Diretrizes da Comunidade”.

A artista, no entanto, segue com quase 3 milhões de seguidores e posta diversos conteúdos que são sinalizados como falsos. Em postagem recente, ela se desculpou por apoiar o caso das Vinícolas Gaúchas – em escândalo de trabalho escravo – defendendo-se: “Quem me conhece e me segue aqui sabe que não seria nunca do meu feitio apoiar Xenofobia, Preconceito e Injustiça Social. Minha história tem mostrado que os brasileiros, pra mim, são amados em sua totalidade e eu jamais me colocaria a favor de descriminações quanto aos meus irmãos”. 

A última postagem dela no Instagram, no entanto, denuncia o MST (Movimento Sem Terra) de invadir três fazendas na Bahia. O grupo diz que a área estava abandonada, mas a empresa Suzano, que é dona, diz que as áreas são todas produtivas.

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