Ex-integrantes do Charlie Brown Jr. acusam filho de Chorão de fraudar assinatura
O filho do cantor também briga com a viúva do pai na Justiça
Alexandre Lima Abrão, filho do eterno Chorão da banda Charlie Brown Jr, está sendo acusado de fraudar a assinatura dos ex-integrantes Marcão Britto e Thiago Castanho em benefício próprio. De acordo com o site Uol Splash, nesta segunda-feira (26), eles contestam um acordo de coexistência de marcas.
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No caso, a Peanuts Worldwide, empresa norte-americana que detém os direitos do personagem Charlie Brown, teria concordado em compartilhar os direitos do uso da marca para Alexandre e para a empresa Green Goes, criada por Chorão em 2005 e hoje administrada por seu filho. O problema é que Alexandre teria fraudado a assinatura da vice-presidente sênior da empresa, Susan Osit.
“Mesmo sem a realização de perícia, é possível notar por um simples olhar leigo que ambas as assinaturas contêm as mesmas falhas de caneta e estão dispostas em idêntica geometria, não sendo crível que uma pessoa consiga assinar dois documentos de maneira completamente igual”, afirmou Jorge Roque, advogado de Marcão e Thiago.
A marca Charlie Brown pertence à Alexandre no Brasil após pedido feito no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) desde 2022. Apesar disso, Marcão e Thiago continuam se apresentando e vinculados ao nome Charlie Brown justamente por ter cláusulas no contrato do INPI que permite “a possibilidade dos músicos utilizarem as marcas semelhantes como ‘Thiago Castanho Charlie Brown Jr’, ‘Thiago Castanho CBJR’, ‘Marcão Charlie Brown Jr’ e ‘Marcão CBJR'”. Essa decisão foi do juiz Guilherme Neves no final de janeiro deste ano.
A luta pelos direitos de Charlie Brown Jr segue na Justiça – inclusive contra a viúva de Chorão.
Alexandre diz que o pai Chorão deixou dívidas grandiosas
Alexandre Abrão, filho de Chorão da banda ‘Charlie Brown Jr.’, abriu o jogo em entrevista ao site G1, em novembro de 2022, sobre uma dívida impagável deixada pelo pai. O cantor faleceu em 2013, mas o embróglio com a gravadora dele, a EMI, começou lá em 2005.
Segundo Abrão, após uma briga entre os membros do grupo, o pai queria seguir com carreira solo e criar o projeto ‘Chorão Skate Vibe’. A gravadora, no entanto, impediu a manobra e foi aí que o músico teve a ideia de comprar os direitos da banda dos outros colegas em 2005. Para levantar o dinheiro, Chorão criou uma dívida ‘impagável’ com a EMI Records.
“Desde que meu pai faleceu, uma das pessoas que trabalhava com o meu pai falava: ‘O Chorão tem uma dívida impagável com a EMI’. Até hoje essa dívida impagável está aí. A gente paga de pouquinho em pouquinho, porque retém os direitos artísticos. Isso é uma coisa que ninguém sabia”, explica o herdeiro.
Alexandre ainda conta que o pai deixou outras dívidas para trás: “Meu pai, para comprar [os direitos dos outros músicos], tomou uma dívida da EMI de advanceds [termo que se usa no mercado musical para falar de pagamentos adiantados de gravadoras aos músicos]. Para quitar a compra com o Marcão, o Champignon e o Pelado. (…) Não só dívida de ‘advanced’ da EMI. A gente paga todos os problemas jurídicos. Porque o Charlie Brown tem problemas jurídicos da época do meu pai. Tem diversos processos”.