Ator Zé Celso apresenta agravamento no quadro de saúde
O esposo dele, Marcelo Drummond, também foi diagnosticado com Covid-19
O ator Zé Celso apresentou um agravamento em seu estado de saúde, nesta quarta-feira (5), segundo a médica e atriz Luciana Domschke para o SP1, da TV Globo. O artista está internado, com ao menos 40% do corpo queimado, após o apartamento onde ele mora, no bairro do Paraíso, em São Paulo, pegar fogo.
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“Teve um agravamento, porém, tem possibilidade de recuperar. Estamos organizando com a família e a psicóloga como atravessaremos essa fase difícil”, informou a médica. Em vídeo na última terça-feira (4), quando ele foi internado no Hospital das Clínicas, ela informou que ele seguia estável, mas estava entubado com ventilação mecânica.
O esposo dele, Marcelo Drummond, e os amigos que ajudaram a socorrê-lo, Victor Rosa e Ricardo Bittencourt, estão estáveis e seguem em observação no Hospital São Paulo, com previsão de alta ainda nesta quarta-feira (5). Apesar disso, o quadro de Marcelo e Victor é um tanto mais delicado, já que ambos estão com Covid-19 conforme conta o amigo Pascoal da Conceição.
O cachorro de Zé, Nagô, foi internado em uma clínica por conta da fumaça, porém já recebeu alta e está na casa da irmã de Celso.
Zé Celso comanda o eterno Teatro Oficina
No começo deste ano, em entrevista ao Guia da Semana, Zé Celso falou sobre seu trabalho com o Teatro Oficina, que ele criou em nos anos 60. O artista dirige peças repletas de erotismo e, muitas vezes, com cenas de sexo que podem chocar o público. Para ele, no entanto, isso é algo natural do ser humano.
“Eu adoro, eu adoro sacanagem. Eu dou uma importância muito grande ao amor, todas as formas de amor e a pornografia também. As putas e os putos antigamente ensinavam o povo a viver. Nós brincamos com isso, mexemos com todos os tabus…“, começou ele, pontuando: “Ah sim, inclusive a gente não pode ter medo de Eros, a gente tem que cultuar porque a gente vem disso. Claro que inventam muitas coisas, como o casamento, que tem que assinar papel, viver eternamente, só pode transar pra ter filho, mas tudo isso já era. A igreja insiste, mas cada vez mais o mundo descobre o corpo e o teatro também. O teatro é uma forma de culto ao corpo. Tem que rolar uma putaria”.
Sobre o choque da sociedade com suas peças, mas não com o funk, por exemplo, Zé Celso pontuou: “É que o teatro ficou considerado um lugar de moral. As pessoas iam ao teatro para serem educadas, se instrumentalizar. Mas os teatros gregos sempre foram a favor do amor. Amor erótico gostoso que dá prazer. Por exemplo, eu tenho muito respeito pelas prostitutas que têm relações sexuais com qualquer um, eu tiro o chapéu. Porque a pessoa tem a capacidade de dar amor e fazer uma performance, porque na verdade o amor é uma performance”.
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