À polícia, amiga do agressor de Victor Meyniel critica o ator e defende porteiro

O artista foi vítima de um crime de homofobia

Karina de Assis Carvalho, amiga e colega de apartamento de Yuri de Moura Alexandre – que agrediu o ator Victor Meyniel – prestou depoimento  na 12ª DP, em Copacabana, no Rio de Janeiro. A jovem fez questão de defender do amigo e diz que o ator foi expulso do local após “importuná-la”.

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Segundo Karina, Victor entrou  no seu quarto sem bater na porta, e a chamou de “chata e esquisita”. Além disso, após ser expulso, teria tentado retornar ao apartamento diversas vezes, ameaçando Yuri. A mulher diz que Meyniel afirmou: “Eu vou f*der com a sua vida! Sua vida nunca mais será a mesma… Você não sabe quem sou!”. 

No depoimento, ela diz que sabia da orientação sexual do amigo e, antes de chegar em casa, falou com ele e Victor em uma chamada de vídeo. A jovem, inclusive, defendeu o porteiro que negligenciou ajuda para a vítima. Ela afirma que, ao descer, o viu bastante abalado: “Ele não conseguia falar, gaguejava e tremia”. 

Gilmar, o porteiro, foi indiciado por omissão de socorro.

Defesa de Victor se pronuncia sobre as acusações

Em nota, o advogado de Victor Meyniel o defendeu das acusações: “Já esperávamos um depoimento favorável ao agressor, considerando que ele e a depoente são amigos e que em casos similares, a regra é tentar culpar a vítima pelo grave ataque que sofreu”.

“Os advogados de Victor ainda não tiveram acesso à íntegra do inquérito mas, já se pode afirmar que nada do que supostamente foi dito no depoimento, ainda que por hipótese fosse verdadeiro (e de antemão Victor já afirma que muita coisa ali não o é), justificaria o cruel e covarde espancamento revelado pelas imagens do circuito interno do edifício, e a omissão de socorro cometida pelo porteiro”, continuou o advogado dele.

Por fim, frisa-se: “Victor reitera que os socos se iniciaram quando ele, sem entender o motivo pelo qual havia sido expulso do apartamento, descalço, perguntou o que estava acontecendo a Yuri, se as pessoas não sabiam que ele era gay. E que, no momento em que apanhava, ouviu Yuri dizer “eu não sou viado, você que é Os advogados confiam no bom trabalho de apuração policial e na justiça”. 

Cássia Kis já virou ré por crime de homofobia

Cássia Kis se tornou ré na Justiça, em 17 de outubro deste ano, após proferir diversas falas homofóbicas em entrevista para a jornalista Leda Nagle em outubro. O pedido foi protocolado no início deste mês pelo Grupo Arco-Íris, que defende a causa LGBTQIA+.

De acordo com o Notícias da TV, o foco será na indenização por danos morais. Entretanto, o Ministério Público e o grupo querem que a atriz também seja obrigada a se retratar publicamente. O caso ainda não tem previsão para apreciação e, caso seja condenada, ela pode pagar R$250 mil de multa.

A Cidália de ‘Travessia’, da TV Globo, deverá ser intimada nos próximos dias para se defender da acusação através de seus advogados. Em depoimento para a Folha de São Paulo, em 13 de outubro deste ano, Cássia diz que é alvo de perseguição por se posicionar politicamente a favor de Jair Bolsonaro.

O Grupo Arco-Íris revelou que o valor da indenização será usado “para fins de promoção de políticas e programas direcionados ao enfrentamento da discriminação e LGBTfobia no contexto artístico”. Ela, inclusive, teria criado uma saia justa em ‘Travessia’, da TV Globo, por suas falas homofóbicas e também por intolerância religioso – ela se tornou ultraconservadora.

 

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